Saranghae

Maus dias deletados e um livro grosso e robusto em mãos. Melhores dias atribuídos para melhores pensamentos; é assim que me defino atualmente. Eu finalmente posso dormir sorrindo e contar minhas próprias histórias dentro da minha cabeça colocando assim os finais felizes e infelizes que eu quiser. Eu encarei tantas vezes a opção de ignorar você, mas na verdade eu estupidamente abdiquei a opção. É ruim pagar o preço por uma decisão estúpida tomada por nós de forma impensada. Já perdi as contas das vezes que tentei ler nos seus olhos um simples adeus, e a única coisa que consegui ver era um 'fique' comprido em duas palavras: amadurecimento e impossibilidade. Não me arrependo de nada; nem mesmo das vezes em que eu tentei ganhar você novamente e hoje me questiono se não fiz o bastante. Penso se talvez ainda lembra de mim quando ouve nossas músicas ou se ainda lê minhas palavras deixadas em duas pequenas folhas como forma de gratidão pelo pouco e bom tempo em que passou comigo. Ainda clareio minhas idéias em relação a sua última mensagem mandada para o meu celular. Questiono-me se àquela hora da madrugada você estaria bêbado ou sonolento demais e acabou dizendo algo que não deveria. Como devo interpretar tudo isso de forma que seja agradável e certo para nós dois? Gostaria de idealizar um telefonema seu dizendo que toda a sua má fase teria acabado e que você mais do que nunca gostaria de 'nos ter' de volta. Mas ao mesmo tempo em que penso isso idealizo assim um futuro em que talvez você ainda esteja indeciso demais e ainda precise de mais um tempo para refletir e se organizar. Eu ainda estou aqui, continuo com aquilo no meu dedo anelar direito, não de forma desesperada ou esperançosa demais de que tudo isso retorne, mas sim pois acho   simplesmentea que tal história não acabou. Quem somos nós para adivinhar o destino? O que é o destino para nos desafiar se ainda achamos que existe alguma coisa? Eu ainda estou aqui e se você estiver ai disposto a por qualquer palavra em uma frase a dois eu também estarei disposta em fazer com que tal frase se transforme em um livro com um, quem sabe, 'felizes para sempre' no final.